27 de maio de 2009

Demissão de Dias Loureiro...

... até peca por tardia e não é que eu tenha de opinar sobre um assunto que pouco ou nada me diz. Acho que, habituados neste país a uma classe política em que, excepções contempladas, é óbvio, a imagem que passa é a de falta de verticalidade, não nos incomodaria grandemente que, culpado ou inocente, Dias Loureiro se mantivesse como Conselheiro de Estado. O meu problema não é ele ficar ou sair, não acho que dê melhores ou piores "conselhos" ao Presidente sendo um hábil ou um inepto administrador. O meu problema prende-se com tudo o que gere imunidades ao indivíduo. Não me entra na cabeça que, devido a acasos de profissão ou de eleitoralismo, certos cidadãos usufruam de uma coisa grotesca, reminiscente de absolutismos, denominada imunidade.
Caramba, se eu fosse Conselheira de Estado (só para assuntos de image consultancy com certeza) e sobre mim recaíssem as mais ténues suspeitas de iniquidades praticadas no meu desempenho profissional, a última coisa que eu queria era uma situação de imunidade judicial que me coartasse acesso à defesa do meu nome e que, por outro lado, mais acentuasse tais suspeitas.
Agora, olhem ao que chegámos, o circo desceu à rua e uma pessoa sai ingloriamente no meio de vexames públicos e, pior do que isso, no meio daquela nuvem tão portuguesa da suspeição eterna do julgamento em praça-pública que arruina qualquer reputação.
Que cena lastimável! E depois admiram-se de a classe política não ter credibilidade neste país!

9 comentários:

Carol disse...

Posso assinar por baixo? Posso, posso?

Blondewithaphd disse...

Assina aí mulher!

mdsol disse...

GRANDE BLONDINHA
Minha cara, vou passar a chamar-te Blondíssima! Isto por aqui melhora dia a dia!

Ah! claro que assino por baixo. Embora perceba que a imunidade tem sentido existir. O que acontece é que há indivíduos que não merecem o que ela representa, e abusam desse instituto para se protegerem do que não devem.
:)))

Daniel Santos disse...

Tenho pena que este país não seja imune a estes senhores, no caso o senhor Loureiro, que têm a capacidade de nos chatear.

DANTE disse...

Eles não precisam de credibilidade Blonde , desde que lhes concedam crédito...

Beijo :)

Eu Mesma! disse...

A classe politica há anos que deixou de ter credibilidade...

é essa e a classe futebolistica!

antonio ganhão disse...

Imunidade política ou de avental... é o que não falta por aí!

António de Almeida disse...

Só peca por tardia, deveria ter-se demitido logo de início, e naturalmente lutado pelo seu bom nome, se é de facto inocente como afirma. Mas alguns já apareceram a louvar a atitude, num gesto bem português, como se houvesse outra coisa a fazer. Espero é que o exemplo sirva a outros, independentemente das cores partidárias, que também não têm condições para continuarem nos seus lugares.

Patrícia Grade disse...

olha, por bem menos no parlamento britânico houveram parlamentares que se demitiram em bloco...

A questão da verticalidade e da imunidade, dois bastões que não servem ao comum dos políticos portugueses. Hã? Que é lá isso da verticalidade?