11 de junho de 2011

Indiana Jones: já 30?!

Engraçado, este ano parece que os filmes que me marcaram a juventude estão todos a fazer idades respeitáveis, o que me deixa com a sensação de que também a minha idade se está a tornar... bem... respeitável.
Top Gun: 25 anos. Thelma and Louise: 20 anos E hoje, exactissimamente hoje, faz t.r.i.n.t.a anos que estreou Indiana Jones: Raiders of the Lost Ark.
Trinta anos, como é que é possível?
Lembro-me vagamente de o filme estrear. Não fui ao cinema ver. Vi um pouco mais tarde na televisão e em vídeo. Na época de estreia eu ainda falava uma mistura qualquer linguística algures entre a proibição do alemão em tempo de aulas e a obrigatoriedade do português. Ao mesmo tempo tinha francês e inglês e sempre que me perguntavam a nacionalidade hesitava sem saber bem se o caso era para dizer portuguesa ou alemã. A coisa dependia do interlocutor e da situação e, confesso, que naquela idade a malta não avalia lá muito bem o que é para dizer.
Seja como for, adorava o Indiana Jones. Tinha a caderneta dos cromos e achava o Harrison Ford uma estampa de Indiana. Claro que vi o filme pelo menos um zilhão de vezes e li tudo o que havia para ler sobre A Arca da Aliança, nomeadamente num livro do Pai, que me era proibido por ser em alemão e eu precisava de aprender português à força, Die grossen Rätsel unserer Welt (Os grandes enigmas do nosso mundo). E, como uma leitura levava a outra, cedo eu estava a ler outros livros do Pai sobre livros proibidos, mistérios históricos, o para e o sobrenatural e, pasme-se, Mircea Eliade, tudo isto antes dos dez anos. Por conseguinte, além de herói de aventuras, o Indiana Jones era, a par com o real David Attenborough, um passaporte para a leitura que eu consumia e para os planos de vida que eu tinha: ser cientista.
Virei PhD... enfim, a vida nem sempre é uma aventura de tela de cinema...
Happy B'day Indy!

3 comentários:

António de Almeida disse...

Fui ver a estreia ao já extinto Alfa Triplex, na altura a mais moderna sala de Lisboa...

João Afonso Machado disse...

H. F. ainda fará aqueles «truques» mirabolantes?

antonio ganhão disse...

Ok. Estamos velhos, mas ainda não extintos como os Alfa triplex.