10 de fevereiro de 2017

Dia 12: Comboios na Route 66

É preciso vir aqui a estes espaços de gigantismo e colosso para vermos o que são comboios a perder de vista. Na Europa nada há desta dimensão. Vale a pena parar o carro e contar os minutos e vagões que percorrem a paisagem até ao horizonte. Há comboios tão grandes que precisam de duas ou três auto-motoras à frente e mais umas tantas atrás. Nunca consigo contar os vagões. Perco-me na contagem e na perplexidade de ver estas monstruosidades. Chego a estar dez minutos inteiros a ver o comboio passar sem lhe ver o fim e o meu cérebro só pensa no incrível que é esta maquinaria toda.
 A Route 66 segue muitas vezes paralela à via férrea e, na paisagem vazia de gente, o comboio traz vida e movimento à solidão da vastidão. Deixo a mente pensar no destino que levarão os comboios que os olhos vêem e sigo o meu caminho sem saber exactamente que destino levo...

1 comentário:

Dalma disse...

No Canadá, onde vivemos um ano, também nos deparamos várias vezes com esses imensos comboios que não pareciam ter fim. Contar as carruagens parecia-nos também impraticável. Um dia resolvemos fazer um cálculo contando os Km a partir do momento que nos cruzamos com a máquina à cabeça e o fim do comboio. Cálculos feitos deu-nos um tamanho a rondar uma milha, O que significava 1,6.. Km!! Carruagens(poucas) contentores, cisternas (muitas) atrelados com madeira (muitíssimos) locomotivas várias (à frente, no meio, atrás), passo a expressão "só visto"!